Disciplina - Física

Física

21/11/2008

Pesquisadores encontram restos mortais do astrônomo Nicolau Copérnico

Computador reconstrói fisionomia de Nicolau Copérnico. Crânio foi encontrado em 2005, na Catedral de Frombork.

A descoberta pode colocar um fim a séculos de especulações sobre onde repousam exatamente os restos mortais de Copérnico, um sacerdote católico e astrônomo cujas teorias identificam o Sol, e não a Terra, como o centro do Sistema Solar (heliocentrismo).

O arqueólogo polonês Jerzy Gassowski disse em coletiva de imprensa que a reconstrução facial do crânio que sua equipe encontrou em 2005, enterrado sob a Catedral de Frombork, Polônia, é muito parecido com os retratos pintados no século XVI do astrônomo.

A reconstituição do rosto, feita por uma equipe forense, mostra semelhanças como um auto-retrato do astrônomo. O crânio tem um corte em cima do olho esquerdo, o que corresponde a uma cicatriz observada na pintura.

Além disso, o crânio pertencia a uma pessoa que faleceu quando estava na faixa dos 70 anos, o que corresponde à idade que Copérnico tinha quando morreu em 1543.

A especialista sueca em genética Marie Allen informou que os testes de DNA feitos em um dente e em um fêmur correspondem aos fios de cabelos retirados de um livro que pertenceu ao astrônomo. O livro está atualmente na Universidade de Uppsala, na Suécia, onde Allen trabalha.

Sabia-se que o corpo do astrônomo foi sepultado na Catedral de Frombork, onde ele era cônego, mas a tumba não foi marcada. Os ossos encontrados pela equipe de Gassowski foram enterrados debaixo do mosaico do piso, perto de um dos altares.

Se presume que Copérnico elaborou a teoria de que o Sol era o centro do Sistema Solar (heliocentrismo), entre 1508 e 1515. Durante esses anos, ele escreveu uma manuscrito, conhecido como "Commentariolus" (pequeno comentário, em latim).

A tese final de Copérnico foi publicada no ano da morte do astrônomo. As idéias de Copérnico desafiaram a Igreja, a Bíblia e teorias prévias, e foram retomadas mais tarde por cientistas como Galileu, Descartes e Newton. As informações são da Associated Press.

Fonte: Gazeta do Povo

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