Física
13/08/2009
À procura de água no Universo
Cientistas apontam que daqui a cerca de 1 bilhão de anos toda a água do planeta terá evaporado, devido às altas temperaturas. Até lá, os habitantes do planeta terão que encontrar outro lugar para viver.
“Em todo o sistema estelar há o que chamamos de zonas habitáveis. No momento, em nosso Sistema Solar, esta região é a Terra. Vênus está muito perto do Sol e, devido à elevada temperatura superficial, conta somente com vapor de água. Em Marte, há gelo subterrâneo”, disse o geólogo James Bell, professor da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, em palestra especial sobre o tema “Água em outros planetas”, realizada na 27ª Assembleia da União Astronômica Internacional (UAI), que termina na sexta-feira (14/8), no Rio de Janeiro.
Segundo Bell, há bilhões de anos, quando o Sol era muito mais fraco, Vênus ocupava a atual posição da Terra, que então era um lugar muito frio para abrigar vida. “Mas algo muito catastrófico ocorreu em Vênus e fez com que o planeta levasse 243 dias para girar uma única vez em torno do Sol”, disse.
Para o cientista, no futuro Marte estará na zona habitável. “No ano passado a Phoenix, uma missão da Nasa [agência espacial norte-americana] a Marte, pousou perto do polo norte do planeta e encontrou gelo muito próximo à superfície. As sondas Spirit e Opportunity também constataram a existência do elemento, depois de cinco anos de pesquisa em solo marciano”, relatou.
A descoberta de água em um determinado planeta pode sugerir que naquele lugar exista ou tenha existido vida e que possa ser um local habitável para o homem. No entanto, o pesquisador observa que onde há água nem sempre há vida.
“Há água em todos os lugares. Existem 100 bilhões de estrelas em nossa galáxia e 100 mil bilhões de planetas no Universo. Mesmo se existir vida em apenas um em cada 100 milhões de planetas, ainda assim podemos dizer que existe muita vida no Universo”, disse à Agência FAPESP.
Segundo ele, existe evidência da existência de água (na forma de gelo) em Titã, maior lua de Saturno e a segunda maior do Sistema Solar, e em luas de Júpiter e de Netuno.
Dados recolhidos durante dois voos da sonda robótica Cassini pela lua Enceladus, de Saturno, sugerem mais evidências sobre a presença de água líquida sob a superfície desse mundo gelado. Imagens colhidas pela nave espacial não tripulada Galileo indicam a existência de água líquida sob a crosta congelada de Europa, lua de Júpiter.
Mesmo sob a superfície da Terra pode existir mais água do que se supõe. “Estima-se que exista, no interior do planeta, um volume equivalente a mais de um oceano de água”, disse a astrofísica Karen Meech, do Instituto de Astronomia da Universidade do Havaí, que falou, na Assembleia da UAI, sobre “A origem da água na Terra”.
“Provavelmente, a água veio de muitas fontes. A questão é saber quanto e quando. Pode ter vindo dos embriões dos asteroides ou dos cometas. As mais recentes teorias revelam que o surgimento da água está extremamente ligado à origem do Sistema Solar, mais especificamente à nuvem que o formou”, apontou Karen.
“Em um período de resfriamento da Terra houve uma condensação do vapor que se materializou em forma de chuva, com isso a água foi depositada nas partes mais baixas, surgindo assim os primeiros oceanos”, disse.
Fonte: Agência Fapesp
“Em todo o sistema estelar há o que chamamos de zonas habitáveis. No momento, em nosso Sistema Solar, esta região é a Terra. Vênus está muito perto do Sol e, devido à elevada temperatura superficial, conta somente com vapor de água. Em Marte, há gelo subterrâneo”, disse o geólogo James Bell, professor da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, em palestra especial sobre o tema “Água em outros planetas”, realizada na 27ª Assembleia da União Astronômica Internacional (UAI), que termina na sexta-feira (14/8), no Rio de Janeiro.
Segundo Bell, há bilhões de anos, quando o Sol era muito mais fraco, Vênus ocupava a atual posição da Terra, que então era um lugar muito frio para abrigar vida. “Mas algo muito catastrófico ocorreu em Vênus e fez com que o planeta levasse 243 dias para girar uma única vez em torno do Sol”, disse.
Para o cientista, no futuro Marte estará na zona habitável. “No ano passado a Phoenix, uma missão da Nasa [agência espacial norte-americana] a Marte, pousou perto do polo norte do planeta e encontrou gelo muito próximo à superfície. As sondas Spirit e Opportunity também constataram a existência do elemento, depois de cinco anos de pesquisa em solo marciano”, relatou.
A descoberta de água em um determinado planeta pode sugerir que naquele lugar exista ou tenha existido vida e que possa ser um local habitável para o homem. No entanto, o pesquisador observa que onde há água nem sempre há vida.
“Há água em todos os lugares. Existem 100 bilhões de estrelas em nossa galáxia e 100 mil bilhões de planetas no Universo. Mesmo se existir vida em apenas um em cada 100 milhões de planetas, ainda assim podemos dizer que existe muita vida no Universo”, disse à Agência FAPESP.
Segundo ele, existe evidência da existência de água (na forma de gelo) em Titã, maior lua de Saturno e a segunda maior do Sistema Solar, e em luas de Júpiter e de Netuno.
Dados recolhidos durante dois voos da sonda robótica Cassini pela lua Enceladus, de Saturno, sugerem mais evidências sobre a presença de água líquida sob a superfície desse mundo gelado. Imagens colhidas pela nave espacial não tripulada Galileo indicam a existência de água líquida sob a crosta congelada de Europa, lua de Júpiter.
Mesmo sob a superfície da Terra pode existir mais água do que se supõe. “Estima-se que exista, no interior do planeta, um volume equivalente a mais de um oceano de água”, disse a astrofísica Karen Meech, do Instituto de Astronomia da Universidade do Havaí, que falou, na Assembleia da UAI, sobre “A origem da água na Terra”.
“Provavelmente, a água veio de muitas fontes. A questão é saber quanto e quando. Pode ter vindo dos embriões dos asteroides ou dos cometas. As mais recentes teorias revelam que o surgimento da água está extremamente ligado à origem do Sistema Solar, mais especificamente à nuvem que o formou”, apontou Karen.
“Em um período de resfriamento da Terra houve uma condensação do vapor que se materializou em forma de chuva, com isso a água foi depositada nas partes mais baixas, surgindo assim os primeiros oceanos”, disse.
Fonte: Agência Fapesp