Física
01/10/2009
América Latina e Caribe aprovam declaração para a Conferência Mundial de Ciência
Quarta edição da conferência acontece entre os dias 5 a 7 de novembro, em Budapeste, Hungria
Representantes da América Latina e do Caribe aprovaram, na última sexta-feira, 25 de setembro, a declaração regional que será apresentada em novembro, na Conferência Mundial de Ciência, em Budapeste, Hungria.
O texto foi aprovado ao final do 2° Fórum Regional sobre Políticas de Ciência, Tecnologia e Inovação, realizado de 23 a 25 de setembro, em Buenos Aires. O documento resulta de uma série de reuniões e fóruns promovidos pela Divisão de Política Científica e Desenvolvimento Sustentável da Oficina Regional de Ciência da Unesco para América Latina e Caribe.
Entre outros pontos, a declaração regional apresenta as bases para o desenho de um "Marco Estratégico Regional" para enfrentar os problemas comuns à região de maneira coordenada e por meio da cooperação entre os países da região.
Clique aqui para ver a declaração na íntegra.
Fórum de Buenos Aires
Entre os assuntos discutidos no fórum destacaram-se: como promover a pesquisa científica e o desenvolvimento de áreas prioritárias; quais são os mecanismos mais adequados para incorporar a C&T ao setor produtivo; como alcançar o desenvolvimento sustentável respeitando a natureza e os saberes tradicionais.
"É imprescindível para o crescimento de nossos países a cooperação Sul-sul. Se conseguirmos abandonar o modelo linear de C&T, alcançar a apropriação social dos conhecimentos científicos e investir no desenvolvimento sustentável e na valorização das culturas tradicionais, poderemos dar um salto qualitativo no nível de vida da região", destacou Ruth Ladenheim, secretaria de Planejamento e Políticas do Mincyt.
A necessidade de mais investimentos em C&T foi outro ponto destacado nos debates. Jorge Grandi, diretor da oficina regional de Ciencia da Unesco, ressaltou que "a média de investimento do PIB na América Latina e Caribe é de 0,62%, uma cifra que nos coloca muito abaixo dos países centrais".
Por isso, completou o diretor, a Unesco assumiu o desafio de atuar como catalizadora da cooperação internacional na região, com o objetivo de otimizar o uso dos recursos materiais e humanos.
"É importante o aumento do investimento em C&T na América Latina e Caribe, mas não podemos esquecer que a ciência é uma atividade social. O aumento da produtividade deve buscar uma redução das desigualdades sociais e econômicas na região", alertou Mario Albornoz, coordenador do Observatório Iberoamericano de Ciência, Tecnologia e Sociedade da OIE.
Posicionamento
Representaram o Brasil no Fórum de Buenos Aires o secretário executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia, Luiz Antonio Elias; o Conselho Deliberativo do CNPq e diretor da Academia Brasileira de Ciências, Luis Davidovich; e a vice-presidente do CNPq, Wrana Panizzi.
As propostas levadas a Buenos Aires tiveram início com o documento "Declaração da América Latina", produzido no Fórum Regional do México em março passado.
O documento traz como destaques o reconhecimento político mais amplo do papel da CT&I para o processo de desenvolvimento sócio-econômico, aumento dos investimentos em CT&I, valorização e qualificação da educação superior e da educação para a ciência e, também, a busca pela articulação da política de CT&I. Apresenta ainda a situação do desenvolvimento científico e tecnológico na América Latina e Caribe na última década e contou com a contribuição de representantes do Brasil, México, Argentina, Cuba e Guatemala.
Durante as reuniões preparatórias, a representação brasileira buscou desenvolver um trabalho que pudesse resultar numa contribuição mais representativa do Brasil no aprimoramento do documento a ser apresentado na Hungria.
Segundo Wrana Panizzi, "o Ministério da Ciência e Tecnologia e o CNPq querem mostrar na reunião de Budapeste o posicionamento do governo brasileiro em relação à adoção de novas políticas de ciência, tecnologia e inovação".
Conferência
A quarta edição da Conferência Mundial de Ciência, acontece entre os dias 5 a 7 de novembro. O tema principal do Foro de 2009 será "O saber e o futuro", simbolizando a importância da ciência na formação consciente do nosso futuro.
O evento é organizado pela Academia de Ciências da Hungria, junto com a Unesco e o Conselho Internacional da Ciência (ICSU).
A conferência abre espaço para os representantes da ciência e política manterem um diálogo regular, caracterizarem suas expectativas de um a outro, e colocarem a causa da ciência no primeiro plano do público internacional.
Mais informações sobre o evento estão disponíveis em http://www.sciforum.hu/
(Com informações do Portal da Unesco, do Ministério de C&T e Inovação Produtiva da Argentina e da Assessoria de Imprensa do CNPq)
Fonte: Jornal da Ciência (30/11/2009)
Representantes da América Latina e do Caribe aprovaram, na última sexta-feira, 25 de setembro, a declaração regional que será apresentada em novembro, na Conferência Mundial de Ciência, em Budapeste, Hungria.
O texto foi aprovado ao final do 2° Fórum Regional sobre Políticas de Ciência, Tecnologia e Inovação, realizado de 23 a 25 de setembro, em Buenos Aires. O documento resulta de uma série de reuniões e fóruns promovidos pela Divisão de Política Científica e Desenvolvimento Sustentável da Oficina Regional de Ciência da Unesco para América Latina e Caribe.
Entre outros pontos, a declaração regional apresenta as bases para o desenho de um "Marco Estratégico Regional" para enfrentar os problemas comuns à região de maneira coordenada e por meio da cooperação entre os países da região.
Clique aqui para ver a declaração na íntegra.
Fórum de Buenos Aires
Entre os assuntos discutidos no fórum destacaram-se: como promover a pesquisa científica e o desenvolvimento de áreas prioritárias; quais são os mecanismos mais adequados para incorporar a C&T ao setor produtivo; como alcançar o desenvolvimento sustentável respeitando a natureza e os saberes tradicionais.
"É imprescindível para o crescimento de nossos países a cooperação Sul-sul. Se conseguirmos abandonar o modelo linear de C&T, alcançar a apropriação social dos conhecimentos científicos e investir no desenvolvimento sustentável e na valorização das culturas tradicionais, poderemos dar um salto qualitativo no nível de vida da região", destacou Ruth Ladenheim, secretaria de Planejamento e Políticas do Mincyt.
A necessidade de mais investimentos em C&T foi outro ponto destacado nos debates. Jorge Grandi, diretor da oficina regional de Ciencia da Unesco, ressaltou que "a média de investimento do PIB na América Latina e Caribe é de 0,62%, uma cifra que nos coloca muito abaixo dos países centrais".
Por isso, completou o diretor, a Unesco assumiu o desafio de atuar como catalizadora da cooperação internacional na região, com o objetivo de otimizar o uso dos recursos materiais e humanos.
"É importante o aumento do investimento em C&T na América Latina e Caribe, mas não podemos esquecer que a ciência é uma atividade social. O aumento da produtividade deve buscar uma redução das desigualdades sociais e econômicas na região", alertou Mario Albornoz, coordenador do Observatório Iberoamericano de Ciência, Tecnologia e Sociedade da OIE.
Posicionamento
Representaram o Brasil no Fórum de Buenos Aires o secretário executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia, Luiz Antonio Elias; o Conselho Deliberativo do CNPq e diretor da Academia Brasileira de Ciências, Luis Davidovich; e a vice-presidente do CNPq, Wrana Panizzi.
As propostas levadas a Buenos Aires tiveram início com o documento "Declaração da América Latina", produzido no Fórum Regional do México em março passado.
O documento traz como destaques o reconhecimento político mais amplo do papel da CT&I para o processo de desenvolvimento sócio-econômico, aumento dos investimentos em CT&I, valorização e qualificação da educação superior e da educação para a ciência e, também, a busca pela articulação da política de CT&I. Apresenta ainda a situação do desenvolvimento científico e tecnológico na América Latina e Caribe na última década e contou com a contribuição de representantes do Brasil, México, Argentina, Cuba e Guatemala.
Durante as reuniões preparatórias, a representação brasileira buscou desenvolver um trabalho que pudesse resultar numa contribuição mais representativa do Brasil no aprimoramento do documento a ser apresentado na Hungria.
Segundo Wrana Panizzi, "o Ministério da Ciência e Tecnologia e o CNPq querem mostrar na reunião de Budapeste o posicionamento do governo brasileiro em relação à adoção de novas políticas de ciência, tecnologia e inovação".
Conferência
A quarta edição da Conferência Mundial de Ciência, acontece entre os dias 5 a 7 de novembro. O tema principal do Foro de 2009 será "O saber e o futuro", simbolizando a importância da ciência na formação consciente do nosso futuro.
O evento é organizado pela Academia de Ciências da Hungria, junto com a Unesco e o Conselho Internacional da Ciência (ICSU).
A conferência abre espaço para os representantes da ciência e política manterem um diálogo regular, caracterizarem suas expectativas de um a outro, e colocarem a causa da ciência no primeiro plano do público internacional.
Mais informações sobre o evento estão disponíveis em http://www.sciforum.hu/
(Com informações do Portal da Unesco, do Ministério de C&T e Inovação Produtiva da Argentina e da Assessoria de Imprensa do CNPq)
Fonte: Jornal da Ciência (30/11/2009)