Disciplina - Física

Física

23/10/2009

Bola de fogo corta os céus da Europa e quebra barreira do som

Meteoros são vistos praticamente todos os dias e por onde passam deixam um rastro luminoso que poucas vezes ultrapassa alguns segundos de duração. Mas não foi o que aconteceu na Holanda na última terça-feira, quando um bólido de grandes proporções cruzou os céus do país e foi visto por milhares de pessoas até na Alemanha.
A luminosa bola de fogo rasgou os céus europeus no sentido sul-norte ao redor das 19 horas de terça-feira (14h00 hora de Brasília) e segundo as testemunhas locais seu brilho era tão intenso que se assemelhava ao brilho da Lua. De acordo com observadores mais experientes o fulgor do objeto atingiu a magnitude negativa de -15 e sua passagem pelas cidades provocou a explosão característica da quebra da barreira do som, fazendo tremer janelas e paredes em diversas localidades entre a Alemanha e Holanda.
Theo Jurriens, do Instituto Astronômico de Kapteyn, da Universidade de Groningen e o Instituto Real de Meteorologia da Holanda informaram que receberam centenas de ligações de pessoas assustadas com o evento. O tempo de visibilidade do meteoro foi tão longo que diversas fotos puderam ser feitas em diferentes localidades.
Após o choque contra a atmosfera a rocha espacial se partiu em diversos fragmentos luminosos, deixando para trás uma trilha persistente de fumaça que levou vários minutos para se dissipar.
Estatísticas
Diariamente, a Terra é constantemente bombardeada por pequenos asteroides e outros detritos espaciais, criando uma espécie de garoa de meteoros, alguns deles muito brilhantes.
De acordo com cálculos feitos pelo astrônomo Bill Cooke, ligado à Nasa, bolas de fogo tão brilhantes quanto o planeta Vênus ocorrem mais de 100 vezes ao dia. Outras, mais brilhantes ainda e comparadas ao brilho da Lua crescente cruzam o céu pelo menos uma vez a cada dez dias. Segundo o astrônomo, existem ainda bolas de fogo extremamente grandes e brilhantes, com magnitude visual que pode chegar a -13 e que acontecem a cada cinco meses. Apenas para lembrar, magnitude negativa de -13 equivale ao brilho da Lua Cheia!
No entanto, nem sempre essas enormes bolas de fogo são vistas. A maioria delas, cerca de 70%, cruzam o céu sobre áreas inabitadas ou sobre os oceanos. A metade ocorre durante o dia, praticamente imperceptíveis devido à presença do Sol. Outra grande parte também não é vista simplesmente porque ninguém está olhando o céu naquele momento.
Fonte: Apolo 11 (15/10/2009)
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