Física
26/11/2012
Viver a experiência
Por: Thiago CameloEducadora defende o uso do método construtivista nas aulas experimentais de física. Segundo ela, boa parte dos professores organiza atividades laboratoriais conservadoras, calcadas em etapas burocráticas. "A teoria construtivista está presente em toda sala de aula em que o aluno questiona e chega a conclusões”, diz Rosa. “Para isso, é importante que o professor aproveite o interesse prévio de cada estudante e não o trate como um robô”, completa".
A importância do antes e do depois
E como, afinal, se daria o diálogo com o aluno?
Para Rosa, o momento anterior e o posterior à experiência são tão importantes quanto a experimentação em si. Na etapa pré-experimental, diz a educadora, discute-se o que vai ser feito e observado. Muitas vezes, é o espaço no qual o aluno pode mostrar o que ele sabe da matéria. É o que Rosa chama, no artigo, de pré-teoria, “uma espécie de contextualização do conhecimento, na qual o estudante é instigado a buscar seus conhecimentos, abrindo caminho para o desenvolvimento da atividade”. Nesse momento, os estudantes seriam levados a “refletir sobre o que irão fazer”.
“É importante trazer à tona questões que o aluno já sabe, verificar o conhecimento prévio para, aí sim, partir para o novo”, explica a educadora, que deu aula durante 15 anos no ensino médio. “Para fugir desses roteiros de aula estanques – e aqui vou falar um chavão –, o aluno tem que dialogar com o experimento, descobrir com sua intuição e com suas ideias os passos seguintes da experiência.”
Esta notícia foi publicada em 01/11/2012 no site Ciência Hoje. Todas as informações contidas são de responsabilidade do autor.