Disciplina - Física

Física

04/06/2013

Via Láctea pode ser maior do que se pensa, aponta novo estudo

Da Redação do GGN

A Via Láctea, galáxia onde fica nosso Sistema Solar, pode ser muito maior do que a comunidade científica internacional calculava. De acordo com novo estudo, apresentado durante 222a reunião da American Astronomical Society, a área onde estão a Terra e o Sol fica em um dos “braços” da formação em espiral da galáxia, até então desconhecido. Antes, acreditava-se que nosso sistema solar estivesse em uma região conhecida como “braço local”, situada entre dois braços maiores chamados Carina-Sagittarius e Perseus.

Para chegar à nova conclusão, os astrônomos fizeram observações durante cinco anos – de 2008 até o ano passado – usando o Very Long Baseline Array (VLBA), observatório da Fundação Nacional de Ciências dos Estados Unidos. Os cálculos envolveram trigonometria simples para entender a colocação do sistema solar em relação ao resto da galáxia. Além disso, os astrônomos constataram que a área onde está o nosso sistema solar possui características muito similares às demais regiões que estão contidas nos braços maiores da Via Láctea.

“Nossa nova evidência sugere que o braço local deve possuir características proeminentes da Via Láctea”, explicou, em comunicado à imprensa, Alberto Sanna, do Instituto Max-Planck de Radio Astronomia. Na ocasião, Sanna apresentou os resultados das observações, que revelam ainda que o chamado “braço local” pode ter cerca de 16 mil anos-luz de largura.

Observações internas

Apesar dos novos resultados, os cientistas afirmam que não podem ter certeza da exata formação da Via Láctea, uma vez que estamos “presos dentro” dela, ao contrário das demais galáxias, que podem ser observadas de fora, em virtude de suas estruturas ficarem mais evidentes. Para fazer os cálculos sobre a Via Láctea, os astrônomos precisam medir as distâncias entre os objetos na própria galáxia e comparar as posições dos corpos celestes internos com os corpos celestes de galáxias vizinhas.

Os cientistas também não sabem afirmar com segurança se o “braço local”, onde estamos na galáxia, é uma grande estrutura independente ou mesmo um ramo ligado ao braço de Perseus.

“Ao observar objetos quando a Terra está em lados opostos de sua órbita em torno do Sol, os astrônomos podem medir a sutil mudança na posição aparente do objeto no céu, em relação ao fundo de objetos mais distantes”, afirma o comunicado da Fundação Nacional de Ciências. “Este efeito é chamado de paralaxe, e pode ser demonstrado ao posicionar o dedo perto de seu nariz e fechar alternadamente cada olho”, completa o comunicado.

Esta notícia foi publicada em 03/06/2013 no site http://www.jornalggn.com.br. Todas as informações contidas são responsabilidade do autor.
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