Disciplina - Física

Física

11/02/2015

Óptica para pessoas com deficiência visual

Tecnologia ensina óptica para pessoas com deficiência visual

Por Assessoria de Comunicação do IFSC

Um projeto idealizado pelo Student Chapter (SPIE), do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP e pelos professores do Instituto, Cristina Kurachi e Vanderlei Salvador Bagnato, poderá contribuir com o ensino da óptica para pessoas com deficiência visual, por meio de painéis educativos tácteis visuais. A estudante de doutorado do Grupo de Óptica do IFSC, Hilde Harb Buzzá, que está envolvida no projeto, conta que a ideia surgiu em razão do Ano Internacional da Luz, comemorado pela comunidade científica nacional e internacional ao longo deste ano de 2015, conforme determinação da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

“A luz é um elemento visual, então nos lembramos daqueles que não enxergam. A partir daí, pensamos em várias formas de viabilizar o contato entre deficientes visuais e algo relacionado à luz”, explica a pesquisadora. O docente Eder Pires de Camargo, que ministra aulas na Universidade Estadual Paulista (Unesp), é cego desde os 12 anos de idade e colabora com a organização na projeção dos citados painéis.

“O projeto será lançado no Rio de Janeiro, pelo fato de a capital do Estado ser sede do congresso da International Photodynamic Association (IPA 2015) e do SPIE Biophotonics South America, dois dos maiores eventos voltados à óptica na saúde e instrumentação, que reunirão especialistas brasileiros e estrangeiros. Como a atual diretora do museu é uma ex-aluna do IFSC, fizemos o contato diretamente”, conta Hilde Buzzá. As atividades voltadas para pessoas com deficiência visual acontecerão no Museu Ciência e Vida, em Duque de Caxias, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, e  vão enfatizar os diversos conceitos da área de óptica, como, por exemplo, átomo, efeito fotoelétrico, natureza ondulatória da luz, entre outros. A entrada será gratuita.

Exposição itinerante
Após três meses no Rio de Janeiro, a exposição viajará até São Carlos e deverá ser itinerante ao maior número de cidades possível. Além dos painéis tácteis visuais, Hilde revela que existe a ideia de se criar uma experiência de cinema sem imagens, envolvendo diversas outras sensações, como, por exemplo, o sentido olfativo. Esta experiência envolverá também os organizadores do evento, uma equipe de roteiristas, alguns atores e diretores, dispostos a cooperar com o projeto.

Na opinião de Hilde, todos os visitantes que não possuírem deficiência visual também serão beneficiados, já que essa iniciativa oferecerá outra abordagem da física, possibilitando que todos possam deixar o local com novos conhecimentos ou, inclusive, com a vontade de seguir a carreira da física.

O projeto, cujo lançamento está previsto para o próximo mês de maio, conta também com a participação de alunos e professores da Unesp e Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Para conferir o vídeo referente a este projeto, acesse http://tinyurl.com/pph3b7u.

Esta notícia foi publicada em 30/01/2015 no site www.usp.br/. Todas as informações são responsabilidade do autor.

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