Física
01/03/2016
No rastro do cometa
Por Simone Evangelista - Especial para a CH OnlineConferência via internet promete aproximar estudantes brasileiros da missão responsável por pouso histórico da sonda Philae.
Para muitos estudantes brasileiros, as dispendiosas missões espaciais em curso estão mais próximas da ficção científica do que da realidade. Entretanto, um evento online dedicado especialmente a alunos e professores do Brasil e de outros países latino-americanos promete aproximar a exploração espacial do cotidiano deste público.
Trata-se de uma conferência virtual no Centro de Operações Espaciais alemão DLR, responsável robô Philae, o primeiro objeto produzido pelo homem a pousar na superfície de um cometa. O encontro, que será transmitido em inglês, está marcado para o dia 26 de abril, às 11h (horário de Brasília), e é voltado para alunos maiores de 17 anos. Para assistir à conferência, cada pessoa ou grupo deve enviar uma mensagem escrita ou por vídeo (em inglês) explicando porque deseja participar para o e-mail jerzy.zywicki@dlr.de. O prazo para inscrições é até 08 de abril e as vagas são limitadas.
Durante o evento, com duração de 60 minutos, a equipe responsável pela operação que culminou com o pouso do módulo Philae no cometa fará uma apresentação sobre temas como o planejamento, as etapas e os resultados científicos pela empreitada. Além disso, haverá a oportunidade de fazer perguntas aos cientistas.
A sonda espacial Rosetta, desenvolvida pela Agência Espacial Europeia (ESA), entrou em órbita do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko em 2014, após 10 anos viajando pelo espaço. Ela liberou, então, o módulo de pouso Philae, pequeno robô mais ou menos do tamanho de uma máquina de lavar, para pousar na superfície do cometa. No pouso, o Philae acabou parando numa região de pouca luminosidade e, incapaz de recarregar suas baterias, entrou em hibernação - com fugazes e esporádicos contatos com a Terra.
A missão é um marco importante da exploração espacial e tem trazido informações importantes sobre os cometas, que podem ajudar a desvendar, inclusive, a origem da vida na Terra. Os cientistas estudam a possibilidade de encerrar a história da Rosetta chocando a sonda contra o próprio cometa no no fim desse ano, para obter ainda mais dados dados sobre o corpo celeste.
Esta noticia foi publicada em 25/02/2016 no site http://cienciahoje.uol.com.br/. Todas as informações contidas são responsabilidade do autor
