Física
31/10/2016
Enem busca a ciência...
Enem busca a ciência aplicada ao dia a dia
Questões das provas de Química, Física e Biologia costumam ter enfoque prático
Caso fosse possível resumir a prova de Ciências da Natureza do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em poucas palavras, talvez, fórmulas, interpretação de textos e conexão com o cotidiano cumprissem bem o papel. A prova integra o pacote do primeiro dia do exame e é composta por questões de Química, Física e Biologia. Apesar de ter ficado mais conteudista nos últimos anos, ainda foca na aplicação no dia a dia dos conceitos teóricos.
Por isso, além de estar com as fórmulas na ponta do lápis, os estudantes precisam investir numa leitura atenta e estar “antenados”, como afirma o professor de Física do colégio e cursinho Objetivo, Amílcar Costa, o Montenegro.
Especificamente no caso de Física, Montenegro explica que o exame preza muito pelo conteúdo envolvendo o cotidiano. Um exemplo? A Super Lua.
“O fenômeno poderia aparecer relacionado à questão da órbita elíptica que a Lua descreve em torno da Terra. A Super Lua se dá, quando ela atinge o ponto mais próximo, o perigeu, e coincide com a fase cheia. Por isso, a visualização da Lua aumenta quase 20%”, detalha o professor.
Como a corrente elétrica acende a lâmpada ou uma questão envolvendo o sifão de um vaso sanitário também são exemplos da maneira como os conteúdos são cobrados na prova de Física. “Antes, o Enem não pedia quase nada de fórmulas. Nós últimos anos, o exame cresceu, aproximou-se dos vestibulares e começou a pedir. Porém, a questão não vai vir puramente técnica, mas estará voltada para uma aplicação no dia a dia”.
Leitura atenta
Apesar disso, Montenegro alerta os candidatos para a importância de uma leitura atenta tanto dos enunciados quanto dos gráficos, tabelas e figuras que podem conter informações fundamentais para a resolução das questões. Se necessário, até sublinhe pontos importantes.
“Física é uma das maiores dificuldades dos candidatos. E é interessante observar que muitas vezes o problema não é o conteúdo da disciplina. É a interpretação dos textos, que dificulta até mais do que as fórmulas”.
A leitura atenta também é uma boa dica para as questões de Química. Além disso, o professor Robério de Paula Lima Filho dá outra dica: leia primeiro a pergunta e depois todo o enunciado. “Isso ajuda a levar o aluno para o foco da questão”.
Neste ano, o professor aposta em alguns temas como radioatividade – por conta dos 30 anos do acidente em Chernobyl –, agronegócio e doping, pegando como gancho as Olimpíadas. “Fora isso, há anos o Enem traz temas ligados ao Meio Ambiente, principalmente, combustíveis alternativos, fazendo comparações do ponto de vista ambiental e de eficiência energética”.
E na prova de Biologia, a conexão com o mundo dos estudantes é a mesma. “Qual é hoje o maior inimigo nos centros urbanos? O mosquito da dengue. E por que ele se multiplicou tanto? Por falto de um predador. São situações como essa que o Enem gosta de abordar”, explica o professor de Biologia do Colégio Objetivo, Fabio Nunes, o Fabião.
Além desta questão, Fabião enumera os tópicos de Biologia que têm grandes chances de serem abordados na prova. Estrutura celular, genética molecular, síntese proteica, biologia vegetal, zoologia e ciclo de reprodução. “É importante também esperar por questões de Ecologia, muito abordadas no Enem!”, diz.
Preparação específica
As provas do Enem já acontecem no próximo fim de semana. Segundo os professores, agora já é hora de diminuir o ritmo e focar na parte psicológica. “A preparação para o Enem tem três pontos de ataque: física, psicológica e acadêmica.
Esta última o aluno já fez durante todo o ano; a preparação física deve acontecer na próxima sexta, quando ele deve se alimentar e dormir bem. E durante a semana, é preciso ter uma preparação psicológica. Dividir este momento com o que traga tranquilidade, calma. É importante manter-se tranquilo”, aconselha o professor Robério de Paula Lima Filho.
Para o professor Montenegro, agora não é o momento de iniciar os estudos de nenhum conteúdo novo, mas de se manter atualizado e resolver algumas provas antigas.
“Talvez exista muita coisa que o aluno não sabe, mas agora ele precisa utilizar aquilo que tem, o conhecimento que adquiriu”, garante Fabião.
Esta noticia foi publicada em 30/10/2016 no site http://www.atribuna.com.br/. Todas as informações contidas são responsabilidade do autor.